![Novo estudo indica as principais tendências de design para 2024 (Getty Images)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2024/01/design.jpg?quality=70&strip=info&w=1024)
O design desempenha um papel crucial nas estratégias de marketing, indo além da estética visual para se tornar uma ferramenta essencial em todas as interações entre uma marca e seu público. Reconhecer essa dimensão mais ampla tornou-se essencial para as empresas que buscam não apenas atrair, mas também envolver e fidelizar os consumidores nos dias de hoje.
Antecipando-se às transformações do mercado, a CBA B+G, parte da rede global CBA Design (WPP Group) com mais de 40 anos de experiência e presença em 11 países, apresenta um novo estudo, exclusivo para a EXAME. O estudo destaca as principais tendências, sob a perspectiva do design, que estão destinadas a moldar o futuro em diversos setores e influenciar as estratégias de marketing das empresas.
Na terceira edição da publicação ‘Useful Design Trends’ (Tendências Úteis de Design), são apresentadas 15 tendências divididas em cinco pilares essenciais: Meio Ambiente, Empoderamento, Bem-estar, Sociedade e Acesso.
1. Reimaginando o Básico: Embora a inovação material não seja uma novidade por si só, as novas complexidades que esse tópico está enfrentando são notáveis. À medida que as indústrias buscam adotar modelos circulares, estamos começando a compreender a logística necessária para garantir uma cadeia de produção eficiente e mais sustentável.
2. Vida útil estendida
Estamos caminhando para uma economia em que o valor de um produto é cada vez mais medido por sua durabilidade, reparabilidade e sustentabilidade.
Ao fazer com que seus produtos durem mais ou dar-lhes uma segunda vida, as marcas não estão apenas respondendo à demanda do consumidor, mas também estabelecendo um novo padrão para a produção e o consumo responsáveis.
3. Futuro ancestral
A fusão do velho com o novo nunca foi tão relevante. À medida que enfrentamos desafios globais sem precedentes, há um reconhecimento crescente da sabedoria e das práticas dos povos indígenas e originários. Essas tradições, muitas vezes esquecidas ou marginalizadas, estão agora na vanguarda das soluções sustentáveis.
Marcas e iniciativas globais estão incorporando essas práticas não apenas como uma homenagem ao passado, mas como um caminho crítico para o futuro.
4. Padrão universal
A inclusão continua a ganhar força. As marcas estão redefinindo a representação da deficiência, reconhecendo um nicho emergente. No entanto, a abordagem está evoluindo.
Em vez de apenas adaptar produtos para alguns, a ênfase está no design universal – criando para todos, independentemente de seus desafios únicos, sejam problemas de mobilidade, deficiências visuais, autismo ou tremores de Parkinson.
6. Morte do gênero
O discurso contemporâneo sobre identidade de gênero está mais intenso que nunca. Especialmente dentro das Gerações Z e Alfa, a noção de classificação binária de gênero é cada vez mais vista como ultrapassada e restritiva.
7. Menopower
Até 2025, a menopausa deve evoluir de um tópico de saúde de nicho para uma força dominante. Com um bilhão de mulheres entrando globalmente na perimenopausa, o aumento das soluções centradas na menopausa é inevitável.
Cada vez mais mulheres estão desafiando o estereótipo ultrapassado de que a idade dita a capacidade física e intelectual. Essa tendência sintetiza uma atitude transformadora em relação ao envelhecimento, alimentada pelo empoderamento feminino.
8. Sex Education
Na última década, fronteiras sociais outrora rígidas em torno da sexualidade começaram a abrandar, particularmente no que diz respeito às mulheres e à comunidade LGBTQIA+. À medida que a positividade sexual se torna mais arraigada na sociedade, marcas também estão intensificando seu posicionamento. Essa mudança não se restringe a nichos de mercado.
Marcas em vários setores estão reconhecendo a natureza entrelaçada da sexualidade e bem-estar, particularmente evidente na perspectiva holística da Geração Z e da Geração Alfa.
9. As drogas boas
A narrativa em torno das substâncias psicotrópicas está evoluindo. Elementos antes estigmatizados, como cannabis e psicodélicos, estão em transição para mercados legais.
Em essência, o domínio do bem-estar testemunha a crescente demanda por soluções mais suaves e inspiradas na natureza – que atendam perfeitamente às nossas necessidades físicas, mentais e emocionais, tudo envolto em uma aura premium.
10. A.I.: Criatividade turbinada
A inteligência artificial está redefinindo a forma como as pessoas percebem e abordam os relacionamentos. Em nossa visão, a IA não impacta apenas o trabalho de design, atividade que exige um alto grau de criatividade, mas também transforma o pensamento estratégico de empresas e clientes que buscam eficiência e melhores resultados.
A grande questão que surge é: a IA pode substituir a intuição humana? Marcas e designers devem abordar a IA com uma mente aberta, mas também com cautela, garantindo que a tecnologia seja usada de forma responsável e autêntica.
11. Escolhas inteligentes
Para um mundo mais sustentável, saudável e compassivo, a chave não está apenas nos gestos grandiosos, mas nos hábitos cotidianos que cultivamos. E marcas estão assumindo papéis ativos na formação do comportamento do consumidor em direção a escolhas mais sábias.
Cada vez mais empresas estão integrando o design comportamental em suas estratégias, mas as marcas devem liderar pelo exemplo. Autenticidade e transparência são cruciais.
12. Juntos somos melhores
A crescente necessidade de conexão e senso de pertencimento está levando ao surgimento de comunidades que se concentram em torno de experiências, origens e interesses compartilhados.
Em meio ao caos digital, diversas marcas e plataformas estão surgindo como exemplos, criando espaços onde os indivíduos podem encontrar sua tribo, compartilhar suas histórias e apoiar uns aos outros.
13. Use com sabedoria
Globalmente, os consumidores estão lidando com o aumento do custo de vida. Crises energéticas, imobiliárias e inflacionárias impulsionam a escalada dos preços – e muitas marcas estão evoluindo em resposta.
Além de oferecer descontos ou preços mais baixos, elas têm se posicionado como aliadas do consumidor, sinalizando compreensão e solidariedade nestes tempos desafiadores.
14. Guerra da micromobilidade
À medida que as sociedades visam reduzir as pegadas de
carbono, há uma mudança visível no cenário tradicional dominado por carros para soluções de mobilidade diversificadas e ecológicas. Embora os veículos elétricos sejam anunciados como o futuro, os holofotes também estão voltados para métodos alternativos de deslocamento, como ciclismo, caminhada e transporte público.
Neste contexto, marcas de diversos setores, da tecnologia à moda, podem formar parcerias com soluções de micromobilidade.
15. Web3 para todos
Na crescente era da Web3, a internet está passando por uma mudança transformadora em direção a um cenário mais democrático, transparente e descentralizado. Essa mudança de paradigma não é apenas técnica, mas ética, alinhando-se estreitamente aos princípios ESG e anunciando um novo padrão em interações e transações digitais.
As marcas agora estão explorando maneiras inovadoras de se conectar com os consumidores, aproveitando a transparência do blockchain para construir confiança e lealdade. À medida que navegamos nessa nova era digital, o foco muda de meras transações para a criação de experiências significativas, éticas e colaborativas em um mundo conectado, mas descentralizado.
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