A Meta reafirma seu compromisso de lançar recursos de privacidade para o Messenger em 2023, seguido pelo Instagram em breve.
Se você utiliza o Instagram, é provável que utilize a plataforma para trocar mensagens com amigos, familiares e colegas. A Meta está planejando fornecer uma camada adicional de proteção para essas comunicações, através da implementação da criptografia de ponta a ponta. Previsto para o ano de 2023, o recurso será introduzido primeiro no Facebook Messenger, seguido pelo Instagram.
Até o final de 2023, a empresa planeja implementar a criptografia de ponta a ponta no Messenger, o aplicativo de mensagens associado ao Facebook, seguido pelo Instagram. Assim, dependendo da cronologia de chegada ao Messenger, é viável que a proteção esteja disponível no Instagram ainda este ano.
Durante esse período, os testes da criptografia de ponta a ponta no Messenger serão ampliados, permitindo que mais usuários tenham acesso a essa camada de segurança. A distribuição ocorre de forma aleatória e não afeta negativamente a experiência dos usuários, conforme assegurado pela empresa.
Essas informações foram compartilhadas em uma carta enviada pela Meta ao grupo de defesa dos direitos digitais, Fight for the Future. O documento foi assinado por Rob Sherman, executivo de privacidade da empresa.
Meta alega atraso na criptografia devido a desafios técnicos.
Desde 2021, a Meta está desenvolvendo criptografia de ponta a ponta para o Instagram e o Facebook Messenger. Inicialmente planejada para 2022, a implementação teve seu prazo adiado para 2023. Apesar da demora, a Meta assegura que a disponibilizará.
No documento de agosto de 2023, Sherman explica que os testes demandaram mais tempo do que o previsto por duas razões.
Primeiro, a engenharia necessária para ajustar os servidores para a transmissão de mensagens criptografadas é complexa.
Segundo, a Meta teve que reestruturar as ferramentas de segurança e recursos dos aplicativos para serem compatíveis com a criptografia de ponta a ponta.
No blog da empresa, há mais detalhes sobre essa parte técnica. Em resumo, os servidores da Meta garantiam que os dois lados da conversa estavam vendo a mesma coisa.
Com a criptografia de ponta a ponta, isso não é possível — só os participantes têm acesso aos conteúdos.
Além disso, a empresa precisou desenvolver uma maneira para que o usuário possa acessar seu histórico de mensagens por meio de um PIN.
Na parte de recursos e experiência, algumas coisas também vão mudar. Os aparelhos precisarão lidar com tarefas que antes eram resolvidas pelos servidores, como buscar previews de links do YouTube, por exemplo.
WhatsApp tem criptografia de ponta a ponta
Enquanto Messenger e Instagram esperam a proteção de privacidade, ela está disponível em outro app da Meta: o WhatsApp.
Na criptografia de ponta a ponta, a mensagem sai do remetente cifrada e só pode ser decodificada no aparelho do destinatário, que possui uma chave para conseguir acessar o conteúdo.
Mesmo que a comunicação seja interceptada, ela não pode ser lida sem as chaves dos dois lados da conversa.