O grupo sem fins lucrativos Environmental Defense Fund (EDF) usará imagens de satélites e algoritmos de inteligência artificial do Google para mapear emissões de metano. A ação de combate às mudanças climáticas visa identificar e reduzir os atos críticos que contribuem com o aquecimento global.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, o metano é responsável por cerca de 30% do aumento da temperatura global desde a Revolução Industrial. Além disso, aproximadamente 40% das emissões do gás em atividades humanas estão relacionadas ao setor energético.
![Imagem de satélite mostra os pontos com maior emissão de metano por quilômetro quadrado](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2024/02/edfs-methanesat-02-1060x668.webp)
O que é MethaneSAT
Desenvolvido pelo EDF e parceiros, o satélite MethaneSAT será lançado no começo do mês de março. Então, o projeto irá colher dados completos sobre as emissões de metano em todo planeta.
Atuando em uma altitude de mais de 560 km, o satélite irá orbitar a Terra 15 vezes ao dia. O objeto analisará os níveis de metano em regiões produtoras de petróleo e gás. Além disso, ele buscará por pequenas e grandes fontes de emissão do gás espalhadas no planeta.
O MethaneSAT usará algoritmos do Google Cloud para calcular emissões em certos locais e acompanhar ao longo do tempo. IAs da big tech também ajudarão a identificar infraestruturas de petróleo e gás, como contêineres de armazenamento. Uma tecnologia semelhante à usada pelo Google Maps para detectar ruas e estradas.
Os dados coletados ajudarão os pesquisadores a terem um panorama mais específico sobre as principais origens de emissão do metano. As empresas de energia também poderão usar as informações para conter vazamentos.
![Imagem ilustra como o MethaneSAT consegue identificar estruturas de petróleo e gás](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2024/02/edfs-methanesat-03.jpg)
Dados do MethaneSAT serão divulgados publicamente
Todas as informações coletadas pelo MethaneSAT poderão ser acessadas publicamente pelo site do satélite do EDF e no Google Earth Engine. A plataforma da gigante das buscas tem mais de 100 mil usuários ativos mensais.
“Disponibilizar os dados do MethaneSAT no Earth Engine tornará mais simples para as pessoas identificarem tendências e correlações entre as atividades humanas e o impacto ambiental”, disse Yael Maguire, vice-presidente de sustentabilidade do Google, em uma nota no blog da big tech.
Os dados coletados pelo satélite poderão ser comparados com outros mapas e documentos disponíveis na plataforma do Google. Os registros do EDF também servirão para acompanhar as emissões de metano ao longo do tempo.
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