Um estudo recente, conduzido por universidades na Áustria, revelou a veracidade da “fadiga do Zoom”. Ao analisar eletroencefalogramas (EEG) e eletrocardiogramas (ECG) de 35 estudantes universitários após uma palestra de 50 minutos, comparando um grupo presente em sala de aula convencional e outro em videoconferência, constatou-se que a videoconferência resultou em sinais significativos de fadiga, tristeza, sonolência e sentimentos negativos. Esta pesquisa é a primeira a utilizar ferramentas de diagnóstico médico para investigar esse fenômeno, contrastando com estudos anteriores que se baseavam principalmente em questionários. Os resultados indicaram uma menor atenção e engajamento no grupo que participou da aula virtual.
Na análise dos questionários, os participantes relataram experimentar maior cansaço, sonolência e irritação durante a palestra virtual em comparação com a presencial. Além disso, expressaram sentir-se menos animados, felizes e energizados.
Gernot Müller-Putz, engenheiro biomédico da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria, e um dos autores do estudo, destacou que a falta de sinais não-verbais mais sutis nas interações virtuais limita a profundidade da comunicação, dificultando o engajamento e a conexão entre os participantes.
Os pesquisadores apontam que as consequências dessa fadiga podem levar à potencial deterioração da qualidade da comunicação e colaboração. Esses efeitos podem ter impactos significativos tanto no âmbito profissional quanto pessoal.
Maneiras de Aliviar a Fadiga Causada por Reuniões Virtuais
Estratégias para Mitigar a “Fadiga do Zoom” e Aprimorar as Interações Virtuais
Os pesquisadores destacam recomendações valiosas para amenizar a fadiga decorrente das videoconferências. Uma das principais sugestões é realizar pausas após 30 minutos de reunião. Além disso, a opção de mostrar apenas a câmera do interlocutor que está falando pode reduzir a carga visual e a intensidade do contato durante as chamadas.
Além das abordagens práticas, os cientistas propõem que os desenvolvedores de ferramentas de videoconferência busquem maneiras de replicar as nuances das interações presenciais. Isso pode ajudar a diminuir a carga cognitiva das reuniões virtuais.
Outro estudo prévio sobre a “fadiga do Zoom”, conduzido pela Universidade de Stanford em 2021, ofereceu dicas adicionais:
Reduzir o tamanho da janela da videoconferência para criar a sensação de distância entre as pessoas. Fechar a visualização de sua própria imagem durante a chamada. Posicionar a câmera a uma distância que não exija ficar constantemente no enquadramento da imagem. Ocasionalmente, desativar o vídeo e a câmera, participando apenas com áudio na reunião.
Estas estratégias visam proporcionar uma experiência mais confortável e menos exaustiva durante as interações virtuais.