O relatório “Supply Change 2023” do Greenpeace destaca que as divisões da Samsung envolvidas na fabricação de componentes eletrônicos não estão realizando o suficiente para descarbonizar suas cadeias de fornecimento.
Segundo o relatório, a Samsung Display, responsável pelo fornecimento de telas para smartphones de diversas marcas, obteve a nota C por seus esforços de descarbonização em 2022, conforme os critérios do estudo. De acordo com o SamMobile, essa pontuação representa um avanço em relação ao D+ recebido em 2021.
A Samsung Semiconductor, especializada na fabricação de chips, permaneceu com a classificação D+ em comparação ao ano anterior.
Os resultados indicam que a empresa sul-coreana ficou em desvantagem em relação aos seus principais concorrentes, como Intel, SK Hynix, TSMC e LG, conforme apontado pelo relatório.
A análise abrangeu os esforços de descarbonização de 11 grandes fornecedoras de componentes eletrônicos, cujos produtos são empregados por marcas renomadas como Apple, Google e Microsoft.
O relatório também aponta que, além da Samsung, cinco das principais fabricantes de eletrônicos aumentaram suas emissões de carbono em 2022.
A Foxconn, conhecida pela fabricação de iPhones, teve um desempenho semelhante à Samsung Semiconductor, mantendo a nota D+.
O ranking de descarbonização das fornecedoras de componentes eletrônicos foi destacado no relatório do Greenpeace (Imagem: Greenpeace).
Segundo o CNET, embora a Samsung tenha anunciado metas ambiciosas, como atingir neutralidade de carbono e utilizar 100% de energia renovável até 2050, esses compromissos não abrangem sua cadeia de fornecimento.
Apesar de não ter avançado nos índices de descarbonização, o relatório aponta um aumento de mais de 10% no uso de energia renovável pela Samsung, comparando os dados de 2021 e 2022.
É animador observar que os fabricantes de eletrônicos finalmente reconhecem a urgência da ação climática, mas o progresso tem sido irregular e bastante lento. Lamentavelmente, as emissões de cinco das maiores empresas do setor, incluindo Samsung Electronics, Foxconn e Intel, aumentaram em 2022.
Apesar das frequentes declarações sobre seus esforços para se tornarem ecologicamente corretas, ao analisarmos o cenário geral, percebemos que suas cadeias de fornecimento continuam altamente poluentes. A abordagem em relação à ação climática por parte da Samsung Electronics e da Foxconn foi notavelmente insuficiente, de acordo com Xueying Wu, ativista de Clima e Energia no relatório do Greenpeace.
Fonte: O Olhar Digital enviou uma solicitação de comentário para a Samsung sobre o assunto e aguarda uma resposta.